quinta-feira, 5 de março de 2009

AOS MEUS "HERMANOS"


Uma manhã clara de começo de semana. Eu como outros estagiários, fone no ouvido, caneta na mão e o pensamento além, percorrendo aquele vão. O que escuto é lúdico. Confesso que principiei o gosto pela banda a pouco mais de um ano (muito mais, quase dois na verdade), mas já me sinto íntima a tal ponto de falar deles. Nada menos que nossos hermanos, Los Hermanos.
Não me qualifico como fã, sou apenas uma eterna admiradora dos acordes livres, eufóricos, doces, sinceros e poéticos da banda que fez (e faz) história no cenário musical brasileiro. Garanto que eles são muito mais que “Ana Júlia”. E coloquem muito nisso!
Quem nunca, em um dia qualquer, ao escutá-los, chorou de satisfação, raiva, emoção, desilusão ou apenas soluçou por ter o privilégio de deixar deslizar por seus ouvidos, a voz ingênua, não menos serena e totalmente plena do Marcelo Camelo. Ou quem sabe não acompanhou, num bemol ou sustenido maior, a euforia ousada e infindável da voz irreverente do Rodrigo Amarante. Tudo isso acompanhado, de forma extrema, pela batida de Barba e a elegância de Bruno Medina.
Pode acreditar, mas eu já “dancei errado” só em escutar maliciosamente “Retrato pra Iaiá”. Já me espelhei na “Morena”, já fiz versos por conta da “Casa Pré-Fábrica”. Lagrimei por falta de um sorriso com “A flor”, me fiz terna com “Sentimental”. E a “Primavera”? Entra em todo coração que canta junto com o batimento de qualquer melodia dos nossos Hermanos.
“Veja bem, meu bem”, o que você lê não é um fardo de palavras que puxam saco.
É um monte de palavras sinceras de reconhecimento do que é bom, em um grande acervo de música nacional.
Melancolicamente, quem nunca imaginou se “danar por essa estrada mundo a fora, ir embora” só em escutar, ou quem sabe imaginar, “Adeus você”. Cada estrofe intelecto demonstra em demasia emoções transbordantes vividas por qualquer mortal.
“Deixa ser, como será?”, assim, muitos se perguntaram quando a banda se desfez por um tempo indeterminado. E continua assim...
Eu os classifico de imediato como uma decodificação de sentimentos. É uma aventura exorbitante de contentamento. É um momento em que aquele período é apenas seu (quem escuta) e de seu cálice. Com interpretações únicas. “À palo seco” e “Esquados” se encaixam nessa parte.
Talvez um “Outro Alguém” tente fazer o que os nossos Hermanos fizeram: história com sua própria forma de expressão. Eles realmente são de todo tamanho, uma grande inspiração.
Sabe o que me deixa mais feliz (além de pegar meu MP4 e escutar toda a discografia a banda)? Saber que “Aline” faz parte dessa linda narrativa dos meus Hermanos.
“Eu por final”, sem notas, desejo toda a sorte aos nossos Hermanos, cada um com seu projeto independente, porém não menos pertinente. SMACH!


Alline Meira - 4º sem


terça-feira, 3 de março de 2009

EM VERSOS COM: Alline Meira


O tal, carnaval


Lá se foi nosso carnaval

Mais um, único

Alguns dias de coisas e tal

Mais um, de muitos, outros, carnaval


Na primeira via, euforia

Uma contagiante alegria com cantigas de amor

Gente dançando, sentidos, outros estados

Não cessava com o raiar do dia


Fevereiro, Vixe Mainha!

Agora com Beijo de Chiclete

Mil beijos, na avenida tardia

De lá se vem um, vai outro, adivinha


E quem encontrou Dalila?

Alguém despejou a curiosidade

Ela está com Brown, Sangalo

Está com o povo que ouvia, cantava, sorria


Lá de cima, um manto de gente que corria

De frete, de lado, de costas, Ave Maria

Sem sentido determinado, com Asa, corria

Apenas seguia o que se queria


Na rua todo mundo se via

Sacudia, leva, Eva

Tudo que almejava, abraços

E na tristeza não, não mais viveria


E o fim? Não existia...

Uniformizados até os próximos dias

É carnaval da Bahia, do povo

Quem me dera viver sem fim, para sentir todos os tantos outros...


segunda-feira, 2 de março de 2009

SEM QUERER QUERENDO, ADEUS


Bem gente, este é mais um informativo do que uma matéria. Mas acho que pode ser válido para o blog como uma despedida de um sonho e de tantas amizades construídas (se bem que estas não serão perdidas). O fato é que a partir desta semana, meus amigos e companheiros de 3 semestres não me verão mais entre eles. Acabo de passar no Prouni em outro curso e por motivos financeiros não posso deixar de aproveitar essa oportunidade. Gostaria de mudar a bolsa para o curso de jornalismo, mas não posso.

Posso dizer, com toda certeza e do fundo do meu coração, que apesar dos desentendimentos e das divisões ocorridas na nossa turma, sentirei muita saudade de todos. Principalmente dos amigos mais próximos, companheiros de artigos e trabalhos. Bem, aqui vão algumas dedicações especiais. Aos meninos do fundão por me fazer rir nos intervalos com as nossas conversas sobre sexo (Douglas pare de ver aqueles filmes). À Thalila e Alana Andrade pela amizade, pelo carinho e pelos aniversários (detalhes). Ao grupo de Nancy (Yasmim, Drielle, Gabriela e Lu) por me ensinar a crescer e amadurecer e pelas críticas construtivas. Ao grupo de Luís Paulo (Aline dos Anjos, Kaúla, Aline Meira, Juliana e Vavá) pelos momentos de diversão em sala. Ao meu grupo de amigos eternos (Lílian, Fábio, Gelle e Alanna Cabral) vocês foram os meus primeiros amigos na turma e nunca serão esquecidos.


Queria dedicar um agradecimento especial aos professores, por fazer do curso de jornalismo uma aventura e uma diversão. Sentirei falta de suas aulas, mas levarei para a vida inteira os seus ensinamentos. À Julianna Torezani pelos sustos e por me ensinar a fotografar (coisa que eu adoro fazer). À Aline pelas aulas de português (se bem que este texto deve ter muitos erros). À Renata Smith por me ensinar a ser uma jornalista. À Odilon Pinto pelos seus 0,3. À Cintia Paula e aos Antônios (Xavier e Figueiredo), pela paciência e determinação. Obrigada a todos.


Se possível continuarei escrevendo para o blog e fazendo matérias, agora amadoras. Mas um dia serei jornalista! Bem, esse texto está ficando grande demais e isso “não pode”. Então, espero que sejam felizes e me convidem para a formatura. Um beijo Jornalismo Expresso e eternas saudades.


“Estude como se você fosse viver para sempre. Viva como se você fosse morrer amanhã.”


Tatiana Santana

Ex 4º semestre de Comunicação Social com Jornalismo
Aluna do 1º semestre de Serviço social



domingo, 1 de março de 2009

O SEGREDO DE JOHNNIE WALKER



Pode até parecer estranho, mas, em umas das minhas muitas andanças, precisamente em um restaurante na capital baiana, uma imagem impressionou-me. Fiquei estática, anestesiada, impressiona. Com o quê? Não me achem bizarra, mas me impressionei com uma parede completa de uísque. Mas não era uma parede qualquer. Era A PAREDE de Red Label que já fazia parte da decoração do requintado lugar. A quantidade me pareceu absurda. Alguns minutos parada, sem muito que pensar, um garçom chegou manso dizendo: “Aí não tem nem a metade de todo o clube do uísque, só as garrafas mais cheias.”. O que me admirou não foi só a quantidade de uísque, mas O UÍSQUE que dominava aquela magnífica obra prima. Os rótulos vermelhos com detalhes dourados davam um “toc” sublime à fotografia. Perguntei-me baixinho: “É, quem nunca tomou um Johnnie Walker?”. Ou melhor: um Red Label?

Depois de ver aquela legião de “Johnnies” respondi-me: “Todo mundo bebe!”.

Fiquei imaginando o tal “monopólio” uisquisado, querendo desvendar o nobre segredo do Johnnie Walker. Claro que precisei dar umas “goladas” em “algumas” doses durante a pesquisa. O velho Johnnie Walker era gênio dos negócios. Foi o grande percussor das “cachacinhas escocesas”. Mas, devoto todo o sucesso do Johnnie Walker para o faro de Alexandre. Quem foi Alexandre? Seu primogênito.

Ele aprimorou a bebida pesada e oleosa criada por John (que intimidade). Ah, o segredo né?! Então, Alexandre criou e fez o sucesso dos uísques Walker’s a base do cheiro. Ele nunca colocou uma gota de álcool na boca. E conseguiu misturar cerca de 40 destilados, na dosagem certa, e inventar as variedades dos Johnnie’s Walker’s. Ele deixou o paladar com a gente...

E por que o uísque não ficou conhecido como Alexandre Walker? Uma singela homenagem ao seu pai. Ele preferiu deixar o nome do pai na história. Vou até beber o Red Label com mais sentimento agora!

Pois bem, tudo a base do perfume, assim foi criado à linha Johnnie Walker (Red Label, Black Label, Blue Label...).

Ah, não vou esquecer mais um detalhe: o designer da garrafa. Para que coubessem mais garrafas na caixa e mais informações no rótulo, Alexandre fez as garrafas quadradas e os rótulos diagonais. Em uma época que ninguém fala em estratégia de marketing ele conseguiu inovar, fazendo com que os dois elementos ajudassem os “pinguços” a reconhecer um uísque da família Walker à distância.

É, depois toda essa história percebi que essa tradição merece todo o reconhecimento (que tem). Agora, para terminar, faço um brinde aos Walker’s. Ao velho Johnnie e ao grande Alexandre. Ah, e de Blue Label! tim-tim!



Alline Meira - 4º sem